terça-feira, 5 de novembro de 2013

Amigos leitores, faz muito tempo que não escrevo, não porque não quero, mas a vida corrida muitas vezes, não nos permite fazermos o que exatamente gostamos, ou, será que...realmente não fazemos o que gostamos porque não colocamos como prioridade...
Estava pensando sobre o ano que esta quase no final, em 2013, foram muitas alegrias, tristezas, encontros e despedidas, fiz muitas coisas boas, mas poderia fazer ainda mais, muitos projetos estão se realizando e outros realizados, mas ainda tenho muitos sonhos, desejos, projetos, enfim, tenho uma missão pela frente. E é sobre isso que quero escrever um pouco para vcs...

Ví certa vez (há um bom tempo atrás) uma frase no filme senhor dos Anéis, que mexeu muito comigo...estava assistindo o filme sem pensar em nada, só curtindo mesmo, mas esta frase me levou a pensar na minha vida inteira, e sempre que posso passo esta frase em sessões de terapia, para amigos, ou simplesmente para uma reflexão...

..."All you have to decide is what to do with the time that is given to you".
..."TEMOS DE DECIDIR APENAS O QUE FAZER COM O TEMPO QUE NOS É DADO".

Acredito que o "ser Supremo" nos dá a oportunidade de termos um tempo, tempo este, que é o nosso período de vida, e acho que não paramos para pensar e decidir o que faremos com este presente (o tempo que nos é dado), vivemos em rotina, nascemos, crescemos, estudamos, namoramos, casamos, temos filhos (não necessariamente nesta ordem),trabalhamos muito, brigamos, sofremos, rimos, choramos,acertamos e erramos. Muiiitas vezes vivemos no automático, não escolhemos fazermos melhor, não buscamos nos tornarmos melhores, mais felizes, mais justos, mais prósperos e assim morremos. Com isso, queria sugerir para cada um, independente da idade ou do tempo que tenha recebido para viver (não sabemos a data do nosso fim), pensarmos sobre nossos caminhos, passos a ser caminhado, sugiro escolhermos opções de viver com mais leveza, alegria, sermos inteiros no dia a dia, errarmos vai ser inevitável, mas o principal é aprendermos com os erros. Penso que devemos ensinarmos a futura geração (as nossas crianças) a serem mais integros com eles mesmos, buscarem a felicidade dentro deles e trasnformarem o mundo ao redor com alegria, sutilezas, gentilezas, amor, sucesso e tudo o mais que buscamos hoje de forma muitas vezes "automática" sem emoção e com sofrimento (muitas vezes).

...e você o quem tem feito com o tempo que lhe foi dado...e agora, pensou o que vai fazer com este tempo...mudará algo...

boa sorte a todos!!!
felicidades!!!!
Psicologa Nanci Giuliani Freire

sábado, 13 de outubro de 2012

PAPAIS E MAMÃES!


Queria apresentar neste texto simples, um material voltado principalmente aos pais e mães e ou aos futuros pais e mães.

Com a globalização mundial, com a velocidade da informação, com as novas tecnologias dia a dia atualizadas, percebo que muitas vezes não temos tempo nem ao menos de olhar para a calçada da nossa rua para observar quantas árvores temos lá plantadas e muito menos se propor a reconhecer seus nomes (sua espécie e origem).

Cada dia que passa, cada experiência que vivo, cada estudo de caso que me proponho a pesquisar, a cada atendimento clinico, a cada encontro e ou re-encontro com pessoas, tenho notado que a simplicidade acabou ou está bem perto disto, e tenho percebido que pensamos de forma cada vez mais complexa, não conseguindo perceber que o que é mais importante na nossa vida, o que traz a real felicidade, é o simples.

Como mãe destes dias do qual vivemos, percebo que nos apegamos a preocupações muitas vezes baseadas em fator econômico, como por exemplo, a roupa do nosso filho, a escola de línguas, natação, dança, musica, artes, a aparência e esquecemos, ou melhor, NÃO dá tempo para o simples, que é o ESSENCIAL. Não acho que estas “coisas” citadas acima não são importantes, claro que são! Mas, existe um milhão de coisas simples e preenchedoras na qual estamos por diversos motivos deixando de lado.

Quando ganhamos o presente de nos tornarmos mães e pais, não temos a real noção desta missão que nos foi confiada, e a cada dia descobrimos as dificuldades e prazeres desta missão.

Penso que estas síndromes que ultimamente temos lido em revistas, visto na Tv e ou vivenciamos em nossa casa e ou família, como por exemplo, hiperatividade, déficit de atenção, depressão, excesso de doenças (gripes, resfriados, obesidade, crise alérgica, asma) entre outras, poderiam ser amenizadas, e ou curadas com um pouco de simplicidade dos pais e mães em suas relações com seus filhos.

Precisamos trabalhar é claro, estudamos e batalhamos um bom emprego e isto é muito bom, mas precisamos aproveitar nosso tempo também com as pessoas que amamos e temos a missão de educar, fazer feliz e desenvolver emocionalmente nossos filhos.

Quando coloco o simples ou a simplicidade me refiro, por exemplo, ao chegar em casa, sentar com o filho e brincar de qualquer coisa que a imaginação permitir, sem brinquedos, somente a imaginação.

Cantar, dançar, abraçar, dar risadas, beijar e deixar nascer nestes momentos à entrega amorosa, o respeito, a disciplina, a segurança, a confiança e o amor.

Simplicidade é reconhecer que estes momentos simples com nossos filhos são valiosos.

Tenho certeza que se a cada dia, exercitarmos a alegria, a brincadeira, o abraço, o brincar com a imaginação, ficaremos mais próximos, mais íntimos dos nossos filhos e seremos naturalmente mais pacientes com suas dificuldades, teimosias e diferenças.

Neste fortalecimento de vínculo, pai e mãe, de forma natural, ajudarão seus filhos a crescerem sadios emocionalmente e ou preparados a enfrentar melhor suas dificuldades.

Observamos a natureza, uma planta ao ser plantada em terra sadia, adubada e sendo cuidada diariamente, dará flores e frutos.

Como sugestão, monte uma pequena horta em casa (se não tiver espaço, plante somente uma muda em um vaso), escolha o tipo que mais agrada a família, alface, ervas (manjericão, hortelã), fruta e aprenda com seu filho a cuidar dela diariamente e depois colher de seu fruto.

É um exercício SIMPLES, NATURAL e que trará momentos familiares de muito aprendizado e nós pais e mães sentiremos o que é ESSENCIAL para sermos felizes.

Obrigada,
Nanci G Freire
Psicóloga.

domingo, 9 de setembro de 2012

ADOECER

O resfriado escorre quando o corpo não chora. A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições. O estômago arde quando as raivas não conseguem sair. A diabete invade quando a solidão dói. O corpo engorda quando a insatisfação aperta. A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam. O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. O peito aperta quando o orgulho escraviza. O coração infarta quando chega a ingratidão. A pressão sobe quando o medo aprisiona. As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza. A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. LEMBRE-SE! O plantio é livre, a colheita obrigatória... Preste atenção no que você está plantando, pois será o que irá colher!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

VIVÊNCIAS NA GESTAÇÃO

Como é lindo ver uma gestante carregar em seu ventre um ser, uma nova vida...

Mas será que esta mulher gestante se sente linda?
Será que as dúvidas, medos, ansiedades, hormônios alucinados, permitem a mulher realmente se preparar e curtir sua nova tarefa de ser responsável por um novo ser?

A noticia de se tornar mãe de um bebê esperado ou mesmo inesperado é motivo de muitas comemorações e alegrias e junto a estas emoções, também as preocupações...

A realidade traz para o dia dia da gestante e futura mãe grandes vivências e algumas delas coloquei no texto abaixo...

Força interior – muitas mulheres não imaginam o quanto tem de “poder” interior.
Quando estão gestando, percebem que são únicas no processo de formação do bebê, são donas de corpos que participam de uma mudança maluca, sentindo os prazeres do corpinho do bebê dentro de sua barriga tomando cada vez mais espaço em sua vida, ficam inchadas e pesadas, mas mesmo tempo dispostas e felizes, alem de pensar e fazer mil coisas para dar tudo certo para a chegada do bebê.

Sensibilidade – A gestante pode ser a mulher mas durona do mundo, aquela famosa “mulher macho”, nada disso importa durante a gestação, que proporciona a todas mulheres, hormonialmente falando, alterações de humor e psicologicamente falando tornando a mulher mais sensível a lembranças boas, ruins, uma explosao de alegrias por exemplo diante de um presente do marido e um mar de lágrimas diante de uma cena triste (que pode ser até de novela).

Ação – Mesmo o marido e ou companheiro participando ativamente da gestação e vinda do bebê, a principal ação é mesmo da mulher, ela que carrega o peso da alegria em sua barriga, ela que continua a vida mesmo assim (trabalhando, cuidando da casa, do marido, do cachorro, enfim continua sua vida normalmente), faz todos os preparativos para a vinda do bebê, desde a mala da maternidade até os lençóis do bercinho e decoração escolhidas por ela. E ao final da gestação também vivencia só ela e bebê o momento do parto que principalmente se acontecer de forma natural a principal ação para o nascimento do bebê.

Adaptação – Muitas vezes assustada com a alteração física, a mulher gestante e futura mãe vai aprendendo aos poucos (durante 9 meses) a conhecer o seu novo corpo e conviver com ele adaptando suas roupas e principalmente sua nova identidade. E a adaptação continua com a vinda do bebê, porque o corpo levou 9 MESES para ser alterado e levará no mínimo mais 9 MESES após o nascimento para voltar ao “normal” (a realidade é que não volta como era antes) e isto tem de ser adaptado por esta nova mulher.
Adaptação principal ocorre nos hábitos, sentimentos e cuidados que também após o nascimento é totalmente alterado de mulher para mãe-mulher, sendo que tudo é primeiro para o bebê (ser totalmente dependente de sua mãe nos primeiros meses de vida).

Superação - para finalizar este texto não podia deixar de mencionar a SUPER-AÇÃO desta nova mulher-mãe, alias mãe-mulher, porque é apreendido pela mamãe que a prioridade é o bebê e apesar de tantas mudanças e descobertas vivenciadas desde a gestação a mãe faz o seu melhor para seu filho, mesmo com a cabeça a mil com tantas mudanças, como alterações físicas (corpo – hormônio), alterações psicológicas (sentimentos, identidade, prioridades alteradas), alterações socias (atividades domésticas, relacionamento com familiares e amigos) a mulher SE SUPERA (mesmo errando e sofrendo algumas frustrações) conseguindo cumprir sua missão de ser mãe e também aos poucos de se RECONHECER diante deste novo cenário.

Boa sorte gestantes e futuras mamães.

Psicóloga Nanci G Freire

sexta-feira, 29 de julho de 2011

SER CHEFE X SER LÍDER OU SER COACH?

Caros leitores(as), muitas vezes quando observo as atividades e o comportamento das pessoas dentro de uma organização, percebo que a maior dificuldade apresentada é a de lidar com a “autoridade” (autoridade que deve ser bem diferente de poder).

Percebo que quando uma pessoa tem como responsabilidade administrar atividades de outras pessoas (alem das suas), acaba esbarrando também com as emoções das pessoas que administra e muitas vezes este administrador se torna odiado pelo grupo, não admirado profissionalmente e pessoalmente pela falta de tato em lidar com as dificuldades na execução das tarefas dos seus subordinados e principalmente nas dificuldades de lidar com as emoções que estas pessoas apresentam dia a dia (afinal seres humanos são principalmente guiados pelas suas emoções).

Por isso, vou apresentar uma breve colocação sobre o significado das palavras – CHEFE, LÍDER E COACH e gostaria de propor uma reflexão do significado das mesmas que se entendidas podem fazer a diferença na atuação de uma pessoa em seu trabalho.

O QUE É CHEFE?
O chefe é essencialmente manipulador e sua grande virtude está em manter a passividade dos funcionários na luta pelos objetivos, que são dele ou da empresa, mas raramente dele. Age como se o trabalho não fosse fonte legítima de satisfação e, sendo assim, os trabalhadores têm que ser forçados a realizá-lo.

O QUE É LÍDER?
Líder é aquele que tem a responsabilidade de trabalhar com o grupo de pessoas sobre as quais dispõe de autoridade, com o objetivo de obter a eficácia máxima de seu esforço conjugado para a realização de uma tarefa.

O QUE É COACH?
Ao pé da letra significa treinador. A figura mais familiar para nós que exerce a função de coach é, por exemplo, um treinador de futebol. Ele estimula um time inteiro a trabalhar em equipe, a se manter atualizado com o que acontece com seus adversários, a aceitar e vencer desafios.

O coach dentro da organização é um líder mais preparado e por isso o significado de líder também cabe ao coach, porém para o coach os obstáculos e dificuldades são estímulos e oportunidades para alcançar o seu sucesso e de sua equipe. O maior obstáculo do coach é criar condições para motivar a equipe a vencer desafios e superar limites. O coach deve ter como missão o desenvolvimento das pessoas tirando as mesmas de suas zonas de conforto, da rotina, fazendo com que elas experimentem novidades e assim cresçam e obtenham sucesso pessoal e profissional.

O coach também é um ser humano com virtudes e falhas, por isso, ser coach exige empenho, persistência e disponibilidade de corpo e alma para que esse processo (de desenvolver pessoas) dê certo.

“A maioria das pessoas fracassa não por falta de capacidade ou de inteligência, mas por falta de desejo, direção, dedicação e disciplina”.

Agradeço a oportunidade desta leitura.
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A principal meta para 2011.

Feliz Ano Novo queridos(as) leitores(as).

Gostaria de aproveitar este período de começo de ano, para expor minha opinião sobre o ano novo.

Apesar que, em minha opinião, muita coisa de Natal e Ano Novo é um monte de besteira para gastarmos dinheiro, acho importante aproveitarmos estas datas como oportunidades de aprendizados com as vivências experimentadas.

No meu ponto de vista, o Natal deveria ser um encontro com a família, o olhar com carinho para o outro, o abraço e sorriso que muitas vezes durante o ao inteiro nos recusamos a oferecer, mas a verdade, na maioria das vezes, o Natal não passa de uma festa com muita bebida, comida, desfile de moda (com nossas roupas novas) e presentes muito mais caros em função da época (consumismo puro) e quando outro dia chega, o saldo desta festa é indisposição em função de exageros de alimentos e bebidas, comentários (fofocas) das roupas, presentes e comportamento de pessoas que encontramos na festa e um vazio real (pois voltamos a realidade).

E o Ano Novo, segue na mesma linha de pensamento e atitudes, o que muda é que não queremos mais estar com a família, normalmente à festa acontece com amigos, de preferência longe, muito longe de nossas realidades (casas), bebendo e comendo muito, não temos os presentes natalinos, mas gastamos tanto dinheiro ou mais com roupas brancas, amarelas e outras cores, gastamos com hotéis, restaurantes, pedágios. E no outro dia, apesar da indisposição física (que podemos ter em função dos excessos), e a conta bancária bem mais reduzida, paramos um pouco para uma reflexão (AH, ESTA PARTE É BOA), e aí colocamos em um papel, todos os nossos desejos para um novo ano, às vezes escondemos estes desejos /metas e outras compartilhamos.

Mas continuando este assunto de metas, penso que é isso que deveríamos fazer durante o ano todo (planejar, escrever, falar de nossos desejos).
Concordo em iniciar com uma lista na virada do ano, lista esta com desejos materiais, afetivos, comportamentais, intelectuais e até mesmo físicos, porém entendo que não conseguimos realizar boa parte de nossos desejos durante o ano, por questões dificultosas que entrecruzam nossos dias durante o ano e por motivos internos (falta de resiliência, fé, problemas de ordem física e psicológica) e motivos externos (mercado financeiro, trabalho, família, amigos) acabamos desistindo ou não conseguindo alcançar nossos desejos, muitas vezes nos frustrando e com isso nos sentindo infelizes.

Penso que deveríamos aproveitar esta “energia” de início de ano, já que preparamos uma lista de desejos somente na virada do ano novo, e investir durante o ano todo para que nossos desejos sejam realizados. Gostaria de propor que iniciemos nossa lista de 2011 com o seguinte desejo:

- Ser melhor como pessoa!

Esta meta, já nos ocuparia o tempo de todo o ano, pois, penso que poderíamos fazer um trabalho de auto-conhecimento, busca interior e espiritual, poderíamos trabalhar nossas mágoas para desfazê-las, preocuparíamos em ajudar o próximo seja ele um animalzinho abandonado ou um amigo desempregado, tentaríamos nos relacionar melhor com nossos amores (parceiro afetivo), relacionar melhor também com nossa família e amigos, aprenderíamos a respeitar a opinião de colegas de trabalho, estudaríamos assuntos científicos, religiosos, curiosos e outros para aprender um pouquinho mais, aceitaríamos desafios no trabalho para nos desenvolvermos pessoal e profissionalmente.
Bem, teria muita coisa para descrever ainda sobre exemplos de nos tornamos pessoas melhores, mas para finalizar este texto, gostaria de dizer que o principal para sermos pessoas melhores e o primeiro passo para esta conquista de sermos melhores, é o reconhecimento de que precisamos melhorar, é a atitude com humildade de aceitar e ou procurar ajuda para esta realização.

Ao passo que, com muito trabalho, exercícios diários, persistência, coragem e humildade em busca desta evolução pessoal, conseguiremos atingir a nossa prosperidade e por conseqüência a prosperidade das pessoas a nossa volta, da natureza (meio em que vivemos).


Sucesso!
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga

terça-feira, 26 de outubro de 2010

PSICOSSOMÁTICA

Caros leitores(as), gostaria de multplicar a vocês um pouco sobre psicossomática, abaixo um texto simples e explicativo com informações e apontamentos de possíveis doenças que são, principalmente, de fundo emocional/psicológico.
Acredito que nós somos o que queremos e buscamos ser (mesmo de forma inconsciente). Por isso, nosso corpo expressa o que muitas vezes está muito oculto em nossa alma, mente e coração, enfim em nossa história. E, em minha opinião, o melhor caminho para o equilíbrio, a cura e a felicidade é o auto-conhecimento.
Psicóloga Nanci Giuliani Freire
CRP 06/97310

Psicossomática
A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas.
A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar.
Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo, Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de oportunidade para o autoconhecimento!
O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e somatopsíquica, 1928). A psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos.
Literalmente e redutivamente, alguns profissionais de saúde ainda fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras de fatores genéticos, acidentais, ambientais ou orgânicos e, neste caso limitam as manifestações psicossomáticas exclusivamente nas alterações com causas de origem psicológicas. Aceitando que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de alterações biológicas, que tem por sua vez, a caracterização de uma doença, devido aos seus respectivos sintomas e mutações físicas, oriundo do afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar:
• Artrite
• Câncer e todos os tipos de doenças auto-imunes
• Manchas no corpo
• Gastrite
• Úlcera
• Asma
• Praticamente todos os transtornos de pele
• Alergias variadas
• Rinite
• Impotência sexual
• Muitas disfunções oftálmicas
• Hipertensão arterial
• Fibromialgia
Porém, o surgimento dos sintomas depende e varia de três fatores interdependentes, tais fatores estão diretamente ligado ao grande desafio de conceber, classificar e tratar, haja vista que os sintomas podem variar dependendo do estilo de vida. Tal concepção acaba sendo a melhor explicação de patologias no qual não consegue-se definir e provar científicamente.
• Qualidade de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, etc.
• Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para desenvolverem alguns tipos de doenças.
• Fatores psicoafetivos de acordo com o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, inclusão, culpa, etc.

Referências
Wikipédia, a enciclopédia livre.
1. MELLO FILHO, Júlio (coordenador); Psicossomática hoje; Porto Alegre; Artes Médicas, 1992.
2. Volich R.M., Psicossomática, de Hipócrates à psicanálise. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000 (7a edição ampliada, 2010).

quarta-feira, 21 de julho de 2010

MATERNIDADE

Caros leitores em especial leitoras,
A decisão por ter um filho não envolve apenas uma decisão de momento, e sim um compromisso para o resto da vida e é por este e outros motivos, que a balança do querer ser mãe e do não querer estará sempre se apresentando.

Quando se decide em ser mãe e a gestação se inicia, a futura mãe se percebe mais vulnerável emocionalmente e não encontra, às vezes, significado para suas questões mais profundas. Sob o olhar psicológico, ocorre, na maioria das vezes, durante a gestação, um retrospecto à infância em busca de respostas e o modo como cada mulher percebeu e vivenciou sua família de origem (as angústias, incertezas, alegrias e esperanças), irá permear todo esse período da gestação e a espera do bebê. Na grande maioria das vezes, o modelo de mãe que a grávida constituirá e que pretenderá ser, simplesmente será de sua mãe de origem. Imitando-a ou rejeitando-a.

A mudança do seu corpo físico, alteração do peso, sua barriga apontando para fora, o quadril alargando, os seios ficando maiores e perceptíveis, o rosto mais arredondado, as pernas muitas vezes inchadas e pesadas, as possíveis alterações de humor, o sono que poderá apresentar de forma mais persistente, a sensibilidade a flor da pele...tantas mudanças físicas e emocionais, que podem deixar a futura mãe, muitas vezes com dificuldades de aceitação da nova “forma” e de novas situações. A alteração também no papel social que também é um fator importantíssimo a se ponderar, deixando de ser apenas filha, esposa, companheira, profissional, para se tornar também, mãe.

Os medos, as dúvidas que suscitam nesse período de gestação são muito naturais e esperadas, por exemplo, a mulher-grávida, tem a tendência em se fantasiar como a mãe perfeita levando à expectativa também de ter o filho perfeito, que corresponderá à idealização de perfeição: o filho bonito, obediente, educado, estudioso, saudável e vitorioso. E a possibilidade de algo diferente acontecer será percebido como um fracasso pela mãe.

Enfim, tantas coisas acontecendo durante nove meses, o que é o mais indicado a fazer?

Penso que a mulher-grávida, futura mãe, deva manter a calma, conversar muito com seu médico, fazer o pré-natal de forma adequada, buscar informações sobre gestação, comportamento de mães, pais e bebê em livros, revistas, artigos, internet (sites confiáveis), buscar ajuda psicológica se sentir vontade, angústia, ansiedade demasiada, frustração, medo em excesso, buscar equilíbrio espiritual, apoio e carinho do companheiro, familiares e amigos e assim viver seus nove meses de gestação da forma mais natural possível, percebendo todas as mudanças que surgirão dia a dia, alegrando-se, desafiando-se e com isso se conhecendo e re-conhecendo como uma nova identidade - Ser Mãe que efetivará a partir do nascimento do bebê.

Como em tudo na vida, diante de cada nova experiência, podemos perder sobre alguns aspectos e ganhar sobre outros, e com relação a maternidade, entendo que qualquer perda vivenciada serão como pratas da casa (importantes também para o crescimento) e os ganhos serão dourados e valiosos como ouro.

Futuras mães sejam felizes!
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga
CRP 06/97310

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Caros leitores, gostaria de apresentar a vocês, um pouco a modalidade de atendimento psicológico voltado para orientação vocacional que ainda é pouco procurada pelos adolescentes e seus pais.

Infelizmente, pensando um pouco sobre o cenário da educação pública, que não oferece este tipo de atividade ao final do término do 2º grau, muitas vezes estes atendimentos ficam restritos a adolescentes pertencentes a uma condição financeira familiar melhor.

Os atendimentos em orientação vocacional normalmente são feitos em espaços psicológicos (clínicas) particulares e outras vezes no próprio espaço educacional (salas de aula). Como estes atendimentos são cobrados, mesmo quando feitos em escolas, a grande maioria dos adolescentes acabam não podendo utilizar este recurso que seria muito importante para ajudá-lo em sua escolha profissional.

Em minha opinião, é de fundamental importância a realização deste atendimento em orientação vocacional para o adolescente que está concluindo o 2º grau. A escolha mais adequada da profissão é determinante, muitas vezes, para a felicidade/plenitude do ser.

A Orientação Vocacional certamente ajudará o adolescente escolher a profissão mais adequada ao seu perfil emocional, racional, considerando as expectativas internas e os objetivos futuros de vida, resultando uma escolha mais assertiva, e assim, ajudando de forma mais rápida, a encontrar a realização pessoal, a satisfação profissional.

Observamos que as pessoas que trabalham em atividades que não condizem com o seu perfil pessoal, são normalmente, infelizes e, muitas vezes, apresentam quadros de ansiedade, obesidade, desequilíbrios psicológicos, resultando em doenças de diversos tipos. E ao contrário, as pessoas que trabalham em atividades condizentes ao seu perfil, fazem atividades que gostam, resultando o sentimento de prazer, disposição, dias mais leves e como conseqüência, menos problemas de saúde, aumentando também a probabilidade de obter a prosperidade.

A Orientação vocacional é realizada normalmente em 03 meses com atendimento semanal, finalizando em aproximadamente 10 encontros. Pode ser feito de forma individual ou em grupo de no máximo 10 pessoas, e aproveitando, gostaria de dar uma dica para os interessados em formar grupos em sua classe (pedir autorização na escola para utilizar o espaço da mesma), procurar um psicólogo que ofereça um preço acessível para ser cobrado em grupo, dando assim oportunidade para um número maior de adolescentes fazer este trabalho (que poderá ratear entre o número de participantes – ficando mais acessível para todos).

Minha atuação na Orientação Vocacional se baseia em três eixos: auto-conhecimento, informação sobre as profissões e universidades, pesquisa sobre mercado de trabalho atual.

Durante os encontros, é utilizado, teste vocacional, entrevistas, atividades lúdicas, discussões, finalizando com uma entrevista de devolução (devolutiva) que é feita de forma individual.

É importante deixar claro, que um bom trabalho de orientação vocacional não decide a escolha profissional de ninguém. Somente ajuda o adolescente a conhecer seu futuro profissional e assumir a responsabilidade de sua escolha que é feita por ele , não pelos pais, amigos e ou psicólogo.

Assim, a orientação vocacional / profissional é caracterizada, em minha opinião, como um momento de intensa reflexão, no qual o adolescente é convidado a pensar sobre sua vida e suas escolhas, sobre seu modo de ser e seus desejos, sobre sua condição social e suas expectativas.

Agradeço a atenção,
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga
CRO 06/97310

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A ARTE DE NÃO ADOECER

Caros leitores, abaixo um texto escrito por Dráuzio Varella, que achei bastante proveitoso e gostaria de compartilhar com vocês.
Obrigada pela atenção,
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga
CRP 06/97310

Se não quiser adoecer: FALE DE SEUS SENTIMENTOS

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio.

Se não quiser adoecer: TOME DECISÃO

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer: BUSQUE SOLUÇÕES

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer: NÃO VIVA DE APARÊNCIAS

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.
São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer: ACEITE-SE

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer: CONFIE

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer: NÃO VIVA SEMPRE TRISTE

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive!