quarta-feira, 21 de julho de 2010

MATERNIDADE

Caros leitores em especial leitoras,
A decisão por ter um filho não envolve apenas uma decisão de momento, e sim um compromisso para o resto da vida e é por este e outros motivos, que a balança do querer ser mãe e do não querer estará sempre se apresentando.

Quando se decide em ser mãe e a gestação se inicia, a futura mãe se percebe mais vulnerável emocionalmente e não encontra, às vezes, significado para suas questões mais profundas. Sob o olhar psicológico, ocorre, na maioria das vezes, durante a gestação, um retrospecto à infância em busca de respostas e o modo como cada mulher percebeu e vivenciou sua família de origem (as angústias, incertezas, alegrias e esperanças), irá permear todo esse período da gestação e a espera do bebê. Na grande maioria das vezes, o modelo de mãe que a grávida constituirá e que pretenderá ser, simplesmente será de sua mãe de origem. Imitando-a ou rejeitando-a.

A mudança do seu corpo físico, alteração do peso, sua barriga apontando para fora, o quadril alargando, os seios ficando maiores e perceptíveis, o rosto mais arredondado, as pernas muitas vezes inchadas e pesadas, as possíveis alterações de humor, o sono que poderá apresentar de forma mais persistente, a sensibilidade a flor da pele...tantas mudanças físicas e emocionais, que podem deixar a futura mãe, muitas vezes com dificuldades de aceitação da nova “forma” e de novas situações. A alteração também no papel social que também é um fator importantíssimo a se ponderar, deixando de ser apenas filha, esposa, companheira, profissional, para se tornar também, mãe.

Os medos, as dúvidas que suscitam nesse período de gestação são muito naturais e esperadas, por exemplo, a mulher-grávida, tem a tendência em se fantasiar como a mãe perfeita levando à expectativa também de ter o filho perfeito, que corresponderá à idealização de perfeição: o filho bonito, obediente, educado, estudioso, saudável e vitorioso. E a possibilidade de algo diferente acontecer será percebido como um fracasso pela mãe.

Enfim, tantas coisas acontecendo durante nove meses, o que é o mais indicado a fazer?

Penso que a mulher-grávida, futura mãe, deva manter a calma, conversar muito com seu médico, fazer o pré-natal de forma adequada, buscar informações sobre gestação, comportamento de mães, pais e bebê em livros, revistas, artigos, internet (sites confiáveis), buscar ajuda psicológica se sentir vontade, angústia, ansiedade demasiada, frustração, medo em excesso, buscar equilíbrio espiritual, apoio e carinho do companheiro, familiares e amigos e assim viver seus nove meses de gestação da forma mais natural possível, percebendo todas as mudanças que surgirão dia a dia, alegrando-se, desafiando-se e com isso se conhecendo e re-conhecendo como uma nova identidade - Ser Mãe que efetivará a partir do nascimento do bebê.

Como em tudo na vida, diante de cada nova experiência, podemos perder sobre alguns aspectos e ganhar sobre outros, e com relação a maternidade, entendo que qualquer perda vivenciada serão como pratas da casa (importantes também para o crescimento) e os ganhos serão dourados e valiosos como ouro.

Futuras mães sejam felizes!
Nanci Giuliani Freire
Psicóloga
CRP 06/97310

2 comentários:

  1. Gostei muito do texto. Maternidade é tudo de bom! É o maior amor que alguém pode experimentar, não cabe no peito.

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  2. Nan;

    Que lindo, amei o texto e o blog. Parabéns!

    Sucesso!

    Deborah G Cruz

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